1819 de João Ferreira de Almeida.

Hebreus


Capítulo 1

1. Havendo Deus antigamente muitas vezes, e de muitas maneiras, falado aos pais pelos profetas, falou a nós nestes últimos dias pelo [seu] Filho;
2. A quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o mundo.
3. O qual, sendo o resplendor da [sua] glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, tendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, sentou[-se] à direita da Majestade n[as] alturas;
4. Feito tanto mais excelente que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
5. Porque a qual dos anjos ele jamais disse:
 Tu és meu Filho, eu hoje te gerei,
E [em] outra vez:
 Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho ?
6. E quando introduzindo outra vez o primogênito no mundo, diz:
 E todos os anjos de Deus o adorem.
7. E quanto aos anjos, ele certamente diz:
 Aquele que aos seus anjos faz espíritos, e aos seus trabalhadores [faz] labareda de fogo;
8. Mas para o Filho [diz]:
 Ó Deus, o teu trono [subsiste] por todo o sempre. Cetro de equidade [é] o cetro do teu Reino.
9. Amaste [a] justiça, e odiaste a injustiça:
 Por isso, Deus, o teu Deus te ungiu com óleo de alegria mais do que aos teus companheiros.
10. E:
 Tu Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obras de tuas mãos;
11. Eles perecerão, mas tu [sempre] permaneces; e todos [eles] como roupa se envelhecerão;
12. E como uma manta tu os envolverás, e serão mudados; mas tu és o mesmo, e os teus anos não cessarão.
13. E a qual dos anjos jamais disse:
 Senta-te à minha direita, até que eu ponha aos teus inimigos por escabelo dos teus pés?
14. Por acaso não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir, por aqueles que estão para herdar a salvação?

Capítulo 2

1. Portanto nos convém prestar atenção com muito maior diligência para as coisas que já [temos] ouvido, para que não escorreguemos [delas] em tempo algum.
2. Porque se a palavra pronunciada pelos anjos foi confirmada, e toda transgressão e desobediência recebeu justa retribuição;
3. Como nós escaparemos, tendo negligenciado tão grande salvação? A qual, tendo tido um começo ao ser anunciada pelo Senhor, nos foi confirmada pelos que [a ele] ouviram;
4. [E] Deus, dando testemunho juntamente com [eles], tanto com sinais, como milagres, e várias maravilhas, e distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade.
5. Porque ele não sujeitou para os anjos o mundo, o futuro, a respeito do qual [agora] falamos;
6. Mas em certo lugar alguém testemunhou, dizendo:
 O que é o homem, para que te lembres dele? Ou o filho do homem, para que o visites?
7. Tu o fizeste um pouco menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste, e o estabeleceste sobre as obras das tuas mãos;
8. Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés.
Porque ao sujeitar-lhe todas as coisas, nada deixou [que] não [seja] sujeito a ele; porém agora ainda não vemos todas as coisas lhe tendo sido sujeitas;
9. Mas vemos coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor que os anjos, por causa do sofrimento da morte, para que pela graça de Deus provasse a morte por todos.
10. Porque convinha a ele, por cuja causa [são] todas as coisas, e por quem [são] todas as coisas, ao trazer muitos filhos à glória, consumasse através de aflições, o Príncipe da salvação deles.
11. Porque tanto o que santifica, como os que [são] santificados, todos [são] de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos,
12. Dizendo:
 Anunciarei o teu nome aos meus irmãos, cantarei louvores a ti no meio da congregação.
13. E [em] outra vez:
 Eu estarei confiando nele.
E [em] outra vez:
 Eis aqui a mim, e aos filhos que Deus me deu.
14. Portanto, uma vez que os filhos participam da carne e [do] sangue, também ele, semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo;
15. E livrasse a todos os que com medo da morte, por toda a vida estavam sujeitos à servidão.
16. Porque na verdade não toma dos anjos, mas sim, toma da semente de Abraão.
17. Por isso convinha [que] em tudo fosse feito semelhante aos [seus] irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote nas coisas para com Deus, para sacrificar para perdão dos pecados do povo.
18. Porque naquilo em que ele mesmo sofreu sendo tentado, ele pode socorrer àqueles que estão sendo tentados.

Capítulo 3

1. Portanto, santos irmãos, participantes do chamamento celestial, considerai Cristo Jesus o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão,
2. Sendo fiel àquele que o constituiu, como também [foi] Moisés em toda sua casa.
3. Porque ele é estimado como digno de maior glória do que Moisés, assim como mais honra do que a casa, tem aquele que a edificou.
4. Porque toda casa é edificada por alguém; mas aquele que edificou todas estas coisas [é] Deus.
5. E bem foi Moisés fiel como servo em toda sua casa, para testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas [depois];
6. Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; cuja casa somos nós, se tão somente retivermos firmemente até ao fim, a confiança e a alegria da esperança.
7. Portanto, como diz o Espírito Santo:
 Hoje, se ouvirdes [dele] a sua voz,
8. Não endureçais os vossos corações, como na provocação no dia da tentação no deserto;
9. Onde os vossos pais me tentaram, me provaram, e viram as minhas obras por quarenta anos.
10. Por isso me indignei contra esta geração, e disse: Eles sempre erram no coração, e eles não conheceram os meus caminhos;
11. Então jurei na minha ira, que não entrarão no meu repouso.
12. Olhai, irmãos, que nunca haja em nenhum de vós, um coração mau de incredulidade, para apartar-se do Deus vivente.
13. Mas exortai-vos uns aos outros a cada dia, durante o [tempo] que é chamado Hoje; para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.
14. Porque nós temos nos tornado participantes de Cristo, se na verdade retivermos firmemente até o fim o princípio desta confiança;
15. Ao ser dito:
 Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação.
16. Porque alguns, que [a] ouviram, provocaram[-no], mas não todos aqueles que saíram do Egito por meio de Moisés;
17. Mas com quais ele se indignou por quarenta anos? Não [foi] com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
18. E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes?
19. E vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade deles.

Capítulo 4

1. Temamos [nós], portanto, que em algum tempo, tendo sido deixada a promessa de entrar no seu repouso, não pareça que algum de vós fique para trás.
2. Porque também a nós, foi pregado o evangelho, como também a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porque não estava misturada com a fé naqueles que [a] ouviram.
3. Porque nós, os que [já] cremos, entramos no repouso, tal como ele disse:
 Assim jurei na minha ira, que não entrarão no meu repouso;
Ainda que as [suas] obras [já] estivessem acabadas desde a fundação do mundo.
4. Porque em certo lugar, ele disse assim a respeito do [dia] sétimo:
 E no sétimo dia, repousou Deus de todas as suas obras.
5. E [ainda] outra vez neste [lugar]:
 Não entrarão no meu repouso.
6. Portanto, uma vez que resta alguns entrarem nele, e que aqueles aos quais primeiramente foi evangelizado, não entraram por causa da desobediência;
7. Outra vez determina um certo dia, [isto é] Hoje, dizendo por Davi muito tempo depois (como é dito):
 Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.
8. Porque se Josué tivesse lhes dado repouso, não teria falado posteriormente a respeito de outro dia.
9. Portanto [ainda] resta um repouso para o povo de Deus.
10. Porque aquele que entrou no seu repouso, ele mesmo repousou também das suas obras, como [também] Deus das suas.
11. Procuremos pois de entrar naquele repouso; para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.
12. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada do que toda espada de dois cortes, e penetrando até a divisão, tanto da alma como do espírito, tanto das juntas como das medulas, e [é] juíza dos pensamentos e imaginações d[o] coração.
13. E não há criatura alguma encoberta diante dele; mas todas as coisas [estão] nuas e expostas aos olhos daquele com quem [é] a nossa prestação de contas.
14. Portanto temos um grande Sumo Sacerdote, Jesus, o Filho de Deus, tendo passado através dos céus, retenhamos firmemente esta confissão.
15. Porque não temos um Sumo Sacerdote, que não possa se compadecer das nossas fraquezas; mas sim [um] que foi provado em tudo, conforme a [nossa] semelhança, [ainda que] sem pecado.
16. Cheguemos-nos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos receber misericórdia, e encontremos graça para ajuda em tempo oportuno.

Capítulo 5

1. Porque todo sumo sacerdote tomado dentre os homens é constituído em lugar dos homens nas coisas [concernentes] a Deus, para que ofereça tanto dons como sacrifícios pelos pecados.
2. Podendo convenientemente compadecer-se dos ignorantes e errados; pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza.
3. E por causa desta [fraqueza], ele deve oferecer pelos pecados, tanto concernente ao povo, como também por si mesmo.
4. E ninguém toma esta honra para si, a não ser aquele que é chamado de Deus, como Arão.
5. Assim também Cristo não glorificou a si mesmo para se fazer Sumo Sacerdote; mas sim àquele que lhe disse:
 Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.
6. Como também em diz em outro [lugar]:
 Tu [és] Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque.
7. O qual nos dias da sua carne ofereceu com grande clamor e lágrimas, tanto orações como súplicas àquele que podia livrá-lo da morte, e sendo ouvido do temor,
8. Ainda que era o Filho, [todavia] aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu;
9. E havendo sido ele consumado, foi feito autor da eterna salvação a todos os que lhe obedecem;
10. E nomeado de Deus, como Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque;
11. Sobre o qual nosso comentário é muito [longo] e difícil de explicar; porquanto vos fizestes negligentes no ouvir.
12. Porque [vós], devendo [já] ser mestres, visto o tempo, novamente tendes necessidade de [alguém] vos ensinar quais [são] os primeiros princípios das palavras de Deus; e vos tendes feito [tais], [a ponto de] terem necessidade de leite, e não de alimento sólido.
13. Porque, qualquer que [ainda] participa do leite, é inexperiente na palavra da justiça; porque [ainda] é bebê.
14. Mas o alimento sólido é para os maduros, os quais pelo costume, [já] têm os sentidos exercitados, para discernimento tanto do bem, como do mal.

Capítulo 6

1. Portanto, deixando o princípio elementar da doutrina de Cristo, prossigamos adiante até à perfeição, não lançando de novo o fundamento da conversão de obras mortas, e da fé em Deus;
2. Da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno.
3. E isto [também] faremos, se Deus permitir.
4. Porque [é] impossível para aqueles que [já] foram iluminados uma vez, e experimentaram o dom celestial, e foram feitos participantes do Espírito Santo,
5. E experimentaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo futuro;
6. E vierem a cair, outra vez renová[-los] para conversão; [assim] novamente crucificando o Filho de Deus para si mesmos, e [o] expondo à vergonha pública.
7. Porque a terra que embebe a chuva, que frequentemente vem sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem também é lavrada, recebe a bênção de Deus;
8. Mas produzindo espinhos e abrolhos, [é] reprovável, e perto [está] da maldição, cujo fim [é] ser queimada.
9. Mas quanto a vós, amados, confiamos melhores coisas, relacionadas à salvação, ainda que estamos falando assim.
10. Porque Deus não [é] injusto, para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que mostrastes para com o seu nome, tendo servido aos santos, e servindo [até agora].
11. Mas desejamos cada qual de vós mostrar o mesmo cuidado, para a completa certeza da esperança, até o fim;
12. Para que não vos façais negligentes, mas [sejais] imitadores dos que por fé e paciência herdam as promessas.
13. Porque Deus [quando] prometeu a Abraão, desde que ninguém maior tinha por quem jurar, jurou por si mesmo,
14. Dizendo:
 Certamente abençoando eu te abençoarei, e multiplicando eu te multiplicarei.
15. E assim, esperando com paciência, ele obteve a promessa.
16. Porque na verdade, os homens juram por [alguém] maior [que eles], e para eles o juramento para confirmação, [é] o fim de todo conflito.
17. No que, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade de sua intenção aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento;
18. Para que, através de duas coisas imutáveis, nas quais [é] impossível Deus mentir, tenhamos firme consolação, nós, os que [nos] refugiamos para reter a esperança posta diante [de nós];
19. A qual temos como uma âncora da alma, tanto segura como firme, e entrando para o mais interior do véu;
20. Onde Jesus, [nosso] precursor entrou por nós, feito Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.

Capítulo 7

1. Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, o qual se encontrou com Abraão, retornando [este] da matança dos reis, e o abençoou;
2. A quem também Abraão repartiu o dízimo de tudo; na verdade, primeiramente se interpreta Rei de justiça; e depois também rei de Salém, que é, rei de paz;
3. Sem pai, sem mãe, sem genealogia, nem tendo princípio de dias, nem fim de vida; mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre,
4. Considerai agora quão grande [era] este, a quem até mesmo Abraão, o patriarca, também deu o dízimo dos despojos.
5. E na verdade, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio, têm ordem, segundo a Lei, de receber os dízimos do povo, isto é, [d]os seus irmãos, ainda que saíssem dos lombos de Abraão.
6. Mas aquele que não é contado na genealogia deles, recebeu dízimos de Abraão, e abençoou ao que tinha as promessas.
7. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior.
8. E aqui, na verdade, homens que morrem recebem dízimos; mas ali, [aquele do qual] se dá testemunho de que vive.
9. E, por assim dizer, através de Abraão, até mesmo Levi, o que recebe os dízimos, pagou dízimos;
10. Porque ele ainda estava nos lombos do [seu] pai, quando Melquisedeque se encontrou com ele.
11. Portanto, se na verdade a perfeição tivesse sido pelo sacerdócio Levítico; (porque sob ele o povo recebeu a Lei), que mais necessidade [havia] de se levantar outro Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, e não ser chamado segundo a ordem de Arão?
12. Porque ao se mudar o sacerdócio, necessariamente também se faz mudança da Lei.
13. Porque aquele de quem são ditas estas coisas pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar,
14. Porque [é] notório, que o nosso Senhor procedeu de Judá, para a qual tribo, Moisés nada falou concernente a sacerdócio.
15. E [isto] é ainda muito mais notório, se à semelhança de Melquisedeque, levanta-se um outro sacerdote,
16. O qual não foi constituído segundo a Lei do mandamento carnal, mas segundo o poder da vida incorruptível.
17. Porque dá testemunho [assim]:
 Tu [és] Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque.
18 Porque na verdade, há uma revogação do mandamento precedente, por causa da sua fraqueza e inutilidade,
19. (Porque a Lei nenhuma coisa aperfeiçoou); e [há, porém] a introdução de uma melhor esperança, pela qual nós chegamos próximos a Deus,
20. E assim como não [foi] sem juramento, (porque, na verdade, aqueles foram feitos Sacerdotes sem juramento;
21. Mas este com juramento, por aquele que lhe disse:
 O Senhor jurou, e não se arrependerá: Tu [és] Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque).
22. Portanto, Jesus foi feito fiador de um ainda melhor testamento.
23. E na verdade são muitos os que [se] tornaram sacerdotes, porque pela morte, foram impedidos de continuar;
24. Mas este, pela sua permanência para sempre, tem um Sacerdócio imutável.
25. Portanto ele também pode perfeitamente salvar, aqueles que chegam a Deus por meio dele, vivendo sempre para interceder por eles.
26. Porque nos era conveniente tal Sumo Sacerdote, santo, inocente, incontaminado, separado dos pecadores, e feito mais alto que os céus;
27. Que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de cada dia oferecer sacrifícios, primeiramente pelos seus próprios pecados, e depois pelos [pecados] do povo; porque isto ele fez de uma vez por todas, oferecendo-se a si mesmo.
28. Porque a Lei constitui por Sumos Sacerdotes, a homens que têm fraqueza; mas a palavra do juramento, que [veio] depois da Lei, [constitui] ao Filho, tendo sido consumado para sempre.

Capítulo 8

1. Ora, um sumário do que falamos [é que], temos um Sumo Sacerdote tal, que está sentado à direita do trono da Majestade nos céus,
2. Trabalhador a serviço do Santuário, e do verdadeiro Tabernáculo, o qual o Senhor erigiu, e não o homem.
3. Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer tanto ofertas como sacrifícios; por isso [era] necessário este também ter alguma coisa que oferecer.
4. Porque, na verdade, se ele estivesse [ainda] na terra, nem mesmo seria um sacerdote, havendo [ainda] os sacerdotes que oferecem as ofertas segundo a Lei;
5. Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando para construir o Tabernáculo. Porque ele diz:
 Olha, [que] tu faças tudo conforme o modelo que te foi mostrado no monte.
6. Mas agora alcançou tanto mais excelente ministério, quanto é também Mediador de um melhor pacto, que está confirmado em melhores promessas.
7. Porque se aquele primeiro tivesse sido irrepreensível, nunca seria buscado lugar para o segundo.
8. Porque reprendendo-os lhes diz:
 Eis que vêm dias, diz o Senhor, e sobre a casa de Israel, e sobre a casa de Judá, estabelecerei um novo pacto;
9. Não conforme o pacto que fiz com os seus pais no dia em que eu os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque não permaneceram naquele meu pacto, e eu não lhes dei atenção, diz o Senhor.
10. Porque este [é] o pacto, que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei minhas Leis dentro da mente deles, e as inscreverei em seus corações; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.
11. E cada um não ensinará ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão desde [o] menor deles até a[o] maior;
12. Porque eu serei misericordioso para com as suas injustiças, e não mais me lembrarei dos seus pecados, e das suas transgressões.
13. Ao dizer: “Novo [pacto]”, ele envelheceu o primeiro; ora o que foi envelhecido e se envelhece, [está] perto do desaparecimento.

Capítulo 9

1. Ora, verdadeiramente, também o primeiro [pacto], tinha ordenanças de Culto divino, e o santuário, terrestre.
2. Porque um Tabernáculo foi preparado, [isto é :]
 o primeiro, em que [havia] tanto o candelabro, como a mesa, e os pães da proposição; o qual é chamado o Santuário.
3. Mas após o segundo véu, [estava o] Tabernáculo, o qual é chamado Santo dos Santos;
4. Tendo o incensário de ouro, e a Arca do pacto, coberta ao redor, por todos os lados, com ouro; na qual [estava o] vaso de ouro contendo o maná e a vara de Arão que florescera, e as tábuas do pacto;
5. E acima dela, os querubins da glória, sombreando o propiciatório; das quais coisas agora não é [oportuno] falar em detalhe.
6. Ora, tendo sido estas coisas assim preparadas, na verdade, a todo tempo os sacerdotes entram no primeiro Tabernáculo, para cumprir os serviços divinos;
7. Mas no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferece por si mesmo, e [pel]os pecados de ignorância do povo;
8. Dando o Espírito Santo a entender isto: Ainda não ter sido manifesto o caminho para o [mais santo] dos Santos [lugares], estando ainda o primeiro Tabernáculo em pé;
9. O qual [é] uma figura para o tempo presente, em que são oferecidos, tanto ofertas, como sacrifícios, que não podem, quanto a consciência, santificar aquele que serve.
10. [Consistindo] somente em comidas e bebidas, e vários lavamentos, e ordenanças da carne, sendo impostas até ao tempo da correção.
11. Mas vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros, através do maior e mais perfeito Tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação;
12. Nem pelo sangue de bodes e bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou uma vez para os Santos [lugares], tendo obtido uma eterna redenção [para nós].
13. Porque, se o sangue de touros e bodes, e as cinzas de uma novilha aspergindo [sobre] os imundos, [os] santifica para purificação da carne;
14. Quanto mais o sangue do Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
15. E por isso, ele é Mediador de um Novo Testamento, para que, intervindo a morte para reconciliação das transgressões [que havia] debaixo do primeiro Testamento; aqueles que foram chamados recebam a promessa da herança eterna.
16. Porque onde [há] um testamento, [é] necessário intervir [a] morte do testador.
17. Porque um testamento se confirma nos mortos; uma vez que nunca é válido enquanto o testador vive,
18. Por isso também o primeiro não foi consagrado sem sangue;
19. Porque havendo sido pronunciado por Moisés a todo o povo, todo o mandamento segundo a Lei; pegando o sangue dos bezerros e bodes, com água e lã purpúrea e hissopo, aspergiu tanto ao próprio livro, como a todo o povo,
20. Dizendo:
 Este [é] o sangue do Testamento que Deus ordenou para vós.
21. E semelhantemente também aspergiu com o sangue ao Tabernáculo, e a todos os vasos do serviço.
22. E quase todas as coisas, segundo a Lei, são purificadas com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
23. Portanto na verdade, [é] necessário as representações figurativas das coisas [que estão] nos céus, serem purificadas com estas coisas; mas as celestiais, elas mesmas com melhores sacrifícios que estes.
24. Porque Cristo não entrou para os Santos [lugares] feitos por mãos, figuras do verdadeiro; mas para o próprio Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus.
25. Nem também para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo Sacerdote entra a cada ano para os Santos [lugares] com sangue alheio;
26. (De outra maneira lhe fora necessário padecer muitas vezes desde a fundação do mundo), mas agora se manifestou uma vez no completar dos tempos, para aniquilamento do pecado pelo sacrifício de si mesmo.
27. E assim como aos homens está ordenado morrerem uma vez, e depois [disso o] juízo;
28. Assim [também] Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos; aparecerá segunda vez sem pecado, àqueles que o esperam para salvação.

Capítulo 10

1. Porque a Lei, tendo uma sombra dos bens futuros, não a mesma imagem das coisas; nunca, pelos mesmos sacrifícios que cada ano continuamente eles oferecem, pode santificar aos que [a eles] se chegam.
2. De outra maneira não cessariam de se oferecer, porque uma vez purificados os ministrantes, não mais teriam nenhuma consciência de pecados?
3. Porém neles, cada ano [é feita] uma nova lembrança dos pecados,
4. Porque [é] impossível, [para o] sangue dos touros e bodes tirar pecados.
5. Por isso, entrando no mundo, ele diz:
 Sacrifício e oferta não quiseste, mas me preparaste um corpo;
6. Ofertas de queima e [ofertas] pelo pecado não te agradaram;
7. Então eu disse:
 Eis[-me] aqui, eu venho, (no princípio do livro está escrito a respeito de mim); para fazer a tua vontade, Ó Deus.
8. Dizendo acima:
 Que sacrifício e oferta e ofertas de queima e [ofertas] pelo pecado não quiseste, nem te agradaram,
(os quais se oferecem segundo a Lei),
9. Então ele disse: Eis[-me] aqui, eu venho, para fazer a tua vontade, ó Deus,
[assim] ele tira o primeiro [testamento], para estabelecer o segundo;
10. Na qual vontade somos santificados pela oferta sacrificial do corpo de Jesus Cristo [feita] uma vez por todas.
11. E na verdade, todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados;
12. Mas este, havendo oferecido um sacrifício pelos pecados, está sentado para sempre à direita de Deus;
13. Daqui em diante, esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés.
14. Porque com uma só oferta ele tem aperfeiçoado para a perpetuidade aos que são santificados.
15. E também o Espírito Santo nos dá testemunho [disto]. Porque depois de haver anteriormente dito:
16. Este [é] o pacto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei minhas leis em seus corações, e as inscreverei nos seus entendimentos;
17. E não mais me lembrarei dos seus pecados, e das suas iniquidades.
18. Ora, onde há remissão destes, não [há] mais oferta pelo pecado.
19. Portanto irmãos, tendo ousadia para a entrada aos Santos [lugares], pelo sangue de Jesus,
20. O qual caminho novo e vivo ele consagrou por nós através do véu, isto é, [pel]a sua carne;
21. E [tendo nós] um grande Sacerdote sobre a casa de Deus;
22. Cheguemo-nos com coração verdadeiro em inteira certeza de fé; tendo os corações aspergidos para purificação da má consciência, e o corpo lavado com água pura;
23. Retenhamos firmes a invariável confissão da esperança; (porque fiel [é] aquele que prometeu).
24. E consideremos uns para os outros, para estímulo ao amor e [às] boas obras;
25. Não abandonando a nossa reunião, como [é] costume de alguns; antes exortando [uns aos outros]; e tanto mais quanto vedes [que está] chegando aquele dia.
26. Porque nós, ao percarmos voluntariamente depois de recebermos o conhecimento da verdade, [já] não mais resta sacrifício pelos pecados;
27. Mas sim, uma certa terrível expectação de julgamento, e um ardor de fogo estando a ponto de devorar os adversários.
28. Menosprezando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdias sobre [a palavra de] duas ou três testemunhas;
29. De quanto pior castigo pensais vós será julgado merecedor, aquele que pisou o Filho de Deus, e estimou por profano o sangue do Testamento, no qual ele foi santificado; e insultou o Espírito da graça?
30. Porque nós conhecemos aquele que disse:
 Minha [é] a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor.
E [em] outra vez:
 O Senhor julgará o seu povo.
31. Temível coisa [é] cair nas mãos do Deus vivente.
32. Lembrai-vos porém dos dias passados, em que havendo sido iluminados, suportastes grande combate de aflições;
33. Quando na verdade, em parte, fostes feitos espetáculo público tanto em insultos, como [em] tribulações; e em parte, fostes tornados companheiros daqueles que assim [estavam] sendo tratados.
34. Porque também vos compadecestes das minhas prisões, e com alegria aceitastes a espoliação dos vossos bens, sabendo em vós mesmos que tendes nos Céus um bem melhor e que permanece.
35. Portanto não rejeiteis a vossa confiança, que tem grande remuneração de recompensa.
36. Porque tendes necessidade de paciência, para que havendo feito a vontade de Deus, recebais a promessa.
37. Porque ainda um pouquinho [de tempo], e aquele que vem, virá, e não tardará.
38. Mas o justo viverá da fé; e se [alguém] se retirar, a minha alma não tem prazer nele.
39. Mas nós não somos d[aqueles que] se retiram para perdição, mas d[aqueles da] fé para [a] salvação da alma.

Capítulo 11

1. Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem.
2. Porque por ela os anciãos obtiveram testemunho.
3. Pela fé entendemos [que] os tempos foram criados pela palavra de Deus; de maneira que as coisas que se veem não foram feitas de algo visível.
4. Pela fé Abel ofereceu melhor sacrifício a Deus do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, testemunhando Deus sobre suas ofertas; e [mesmo] tendo morrido ainda fala por ela.
5. Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado, porquanto Deus o trasladara; porque antes da sua trasladação obteve testemunho de ter agradado a Deus.
6. Ora, sem fé [é] impossível agradar [a Deus]. Porque é necessário [que] aquele que se aproxima de Deus, creia que ele existe, e ele é recompensador aqueles que o buscam.
7. Pela fé Noé, divinamente avisado a respeito das coisas que ainda se não viam, temeu, [e] para salvamento da sua família preparou [a] arca; pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça segundo a fé.
8. Pela fé Abraão, sendo chamado para ir para o lugar que havia de receber por herança; obedeceu e saiu, não sabendo para onde ia.
9. Pela fé ele habitou na terra de promessa, como [em terra] estrangeira, morando em tendas com Isaque e com Jacó, os co-herdeiros com [ele] da mesma promessa.
10. Porque ele esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor [é] Deus.
11. Pela fé também Sara, ela mesma, recebeu virtude para concepção da semente, e [já] depois da idade favorável deu à luz, porquanto teve por fiel aquele que tinha prometido [a ela].
12. Pelo que também de um, e esse [já] quase morto, nasceram [tantos] em multidão, como as estrelas do céu, e como a inumerável areia que [está] na praia do mar.
13. Todos estes morreram na fé, não recebendo as promessas, mas vendo-as de longe, e crendo [nelas], e abraçando-[as], confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
14. Porque os que dizem tais coisas, mostram claramente que buscam a [sua] própria pátria.
15. E se na verdade lembrassem daquela de onde saíram, tinham oportunidade para retornar
16. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial; por isso também Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus; porque [já] lhes preparou uma cidade.
17. Pela fé Abraão, sendo provado, ofereceu Isaque, e aquele que recebera as promessas, oferecia o [seu] unigênito;
18. (A respeito de quem foi dito, que
 Em Isaque será chamada [a] tua semente).
19. Considerou que Deus [é] poderoso para até dentre os mortos [o] ressuscitar; de onde também em forma simbólica ele o recuperou.
20. Pela fé Isaque abençoou Jacó e Esaú, quanto às coisas futuras.
21. Por fé, Jacó morrendo, abençoou a cada um dos filhos de José; e adorou [apoiado] sobre o topo do seu cajado.
22. Pela fé, José morrendo, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem a respeito dos seus ossos.
23. Pela fé, Moisés, ao ter nascido, foi escondido três meses pelos seus pais, porque viram que o menino [era] formoso, e não temeram o mandamento do rei.
24. Pela fé, Moisés, sendo [já] grande, recusou ser chamado filho da filha de faraó;
25. Preferindo muito mais ser maltratado com o povo de Deus, do que por um [pouco de] tempo ter o prazer do pecado;
26. Considerando [serem] maiores riquezas a humilhação de Cristo, do que os tesouros no Egito; porque olhava atentamente para a recompensa.
27. Pela fé ele deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque perseverou como que vendo o invisível.
28. Pela fé, ele celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não tocasse neles.
29. Pela fé, eles passaram através do Mar Vermelho, como que por [terra] seca, o que os Egípcios enquanto tentavam, foram afogados.
30. Por fé os muros de Jericó caíram, ao serem rodeados por sete dias.
31. Por fé Raabe, a prostituta, não pereceu com os desobedientes, recebendo em paz os espias.
32. E que mais direi? Porque me faltará o tempo, contando a respeito de Gideão, e [de] Baraque, e também [de] Sansão, e [de] Jefté, e [de] Davi, e também [de] Samuel e [d]os Profetas,
33. Os quais por fé venceram reinos, exerceram justiça, alcançaram [as] promessas, fecharam as bocas dos leões;
34. Apagaram o poder do fogo, escaparam dos fios de espada, tiraram forças da fraqueza, foram tornados fortes em batalha, puseram em fuga os exércitos dos estrangeiros;
35. [As] mulheres [voltaram] a receber por ressurreição os seus mortos; e outros foram torturados, não aceitando o livramento [oferecido], para obterem uma melhor ressurreição.
36. E outros receberam provação de insultos e açoites, e até correntes e prisões;
37. Foram apedrejados, serrados ao meio, tentados, morreram em assassinato de espada; andaram peregrinos [vestidos] em peles de ovelhas, [e] em peles de cabras; desamparados, afligidos, [e] maltratados;
38. (Dos quais o mundo não era digno); feitos vaguear em desertos, e montanhas, e covas, e [n]as cavernas da terra.
39. E todos estes tendo testemunho pela fé, não receberam a promessa;
40. Provendo Deus alguma coisa melhor para nós, para que eles não fossem aperfeiçoados sem nós.

Capítulo 12

1. Portanto nós também, tendo uma tão grande nuvem de testemunhas nos rodeando, deixemos de lado todo peso, e o pecado facilmente envolvedor, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta;
2. Olhando para Jesus, Autor e aperfeiçoador da fé; o qual, pela alegria que lhe [estava] proposta, suportou a cruz, desprezando a afronta, e se sentou à direita do trono de Deus.
3. Porque, considerai aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.
4. Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado,
5. E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como a filhos:
 Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem enfraqueças ao ser reprendido por ele;
6. Porque o Senhor castiga a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe.
7. Se suportais a disciplina, Deus vos trata como filhos; (porque, que filho há a quem o pai não discipline?)
8. Mas se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.
9. Além do que na verdade, tivemos os pais de nossa carne por [nossos] disciplinadores, e [os] respeitávamos seriamente; não nos sujeitaremos [pois] muito mais ao Pai dos espíritos, e viveremos?
10. Porque aqueles na verdade, por um pouco tempo, [nos] corrigiam; como o que bem lhes parecia, mas este para o [nosso] proveito, para participarmos da sua santidade.
11. E toda disciplina na verdade, para o presente, não parece ser [motivo] de alegria, mas sim de tristeza; porém depois produz um fruto pacífico de justiça aos exercitados por ela.
12. Portanto, levantai as mãos cansadas e os joelhos pouco firmes;
13. E fazei veredas retas para os vossos pés; para que o manco não seja tirado fora, mas sim muito mais seja sarado.
14. Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá ao Senhor;
15. Vigiando diligentemente para que ninguém desfaleça da graça de Deus; para que nenhuma raiz de amargura brotando [vos] perturbe, e muitos sejam contaminados por ela.
16. Que ninguém [seja] pecador em termos sexuais, ou profano como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura.
17. Porque vós sabeis que ainda depois, querendo ele herdar a benção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou.
18. Porque não chegastes próximo ao monte tocado e aceso com fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade;
19. E ao sonido da trombeta, e à voz das palavras; a qual os que a ouviam, pediram que não mais se lhes falasse palavra [alguma].
20. (Porque não podiam suportar o que [lhes estava] sendo ordenado:
 E se [até mesmo] um animal tocar o monte, será apedrejado ou traspassado com um dardo.
21. E tão terrível era a visão, [que] Moisés disse:
 Estou grandemente assombrado e tremendo).
22. Mas vós chegastes a[o] monte Sião, e à cidade do Deus vivente, [à] Jerusalém celestial, e [aos muitos] milhares de anjos,
23. [E à] universal congregação e [à] igreja dos primogênitos [que estão] inscritos nos Céus, e a Deus, o Juiz de todos, e [aos] espíritos dos justos [já] aperfeiçoados;
24. E [a] Jesus, o Mediador de um Novo Testamento, e [ao] sangue da aspersão, que fala melhores coisas que o de Abel.
25. Vede [que] não rejeiteis ao que fala; porque se não escaparam aqueles que rejeitaram ao que divinamente [os] advertia na terra; muito mais nós [não escaparemos], nos desviando daquele que [é] dos Céus!
26. A voz do qual fez tremer a terra naquela ocasião; mas agora prometeu, dizendo:
 Ainda uma vez eu faço tremer não somente a terra, mas também o Céu.
27. E esta [palavra]:
 Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas abaladas, como [aquelas que] foram feitas, para que as não abaladas permaneçam.
28. Por isso recebendo um Reino inabalável, retenhamos a graça pela qual sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e piedade.
29. Porque também o nosso Deus [é] um fogo consumidor.

Capítulo 13

1. Permaneça o amor fraternal.
2. Não vos esqueçais da hospitalidade; porque através dela alguns, tendo hospedado anjos, não [o] souberam.
3. Lembrai-vos dos presos, como se juntamente estivéreis presos; [e] dos maltratados, como sendo vós mesmos também [maltratados] no [vosso] corpo.
4. [Seja] o matrimônio digno de honra em tudo, e o leito sem contaminação; mas Deus julgará os pecadores sexuais e adúlteros.
5. A [vossa] maneira de viver [seja] sem ganância, contentando-vos com as coisas presentes. Pois ele disse:
 Não te deixarei, nem te desampararei.
6. De maneira a nós dizermos confiando:
 O Senhor [é] meu ajudador, e não temerei o que me fará o homem.
7. Lembrai-vos daqueles que vos [estão] dirigindo, que vos falaram a palavra de Deus; a fé dos quais imitai, observando o resultado do comportamento [deles].
8. Jesus Cristo [é] o mesmo ontem e hoje, e eternamente.
9. Não vos deixeis levar ao redor por doutrinas várias e estranhas. Porque bom [é] o coração ser fortificado com graça, [e] não com alimentos, nos quais não foram beneficiados os que [se] ocuparam [neles].
10. Temos um altar, do qual não têm autoridade para comer os que servem no Tabernáculo;
11. Porque os corpos dos animais, cujo sangue pelo pecado é trazido ao Santos lugares pelo Sumo sacerdote; são queimados fora do arraial.
12. Por isso também Jesus, para que santificasse o povo por seu próprio sangue, sofreu fora do portão [da cidade].
13. Portanto, saiamos a até ele fora do acampamento, levando a sua humilhação [pelos que o insultam].
14. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.
15. Portanto, através dele ofereçamos continuamente sacrifício de louvor a Deus, isto é, o fruto de [nossos] lábios confessando o seu nome.
16. E não vos esqueçais da beneficência e da comunhão; porque Deus se agrada com tais sacrifícios.
17. Obedecei aos que [estão] vos dirigindo, e sede submissos [a eles]. Porque eles vigiam pelas vossas almas, como [aqueles que] hão de prestar conta [delas]; para que façam isto com alegria, e não gemendo, porque isso não vos [seria] útil.
18. Orai por nós; porque confiamos que temos uma boa consciência, em tudo desejando nos conduzir honestamente.
19. E tanto mais [vos] rogo que façais isto, para que mais depressa eu vos seja restituído.
20. Ora, o Deus da paz, que pelo sangue do Testamento eterno, tornou a trazer dentre os mortos o grande Pastor das ovelhas, o nosso Senhor Jesus;
21. Vos aperfeiçoe em toda boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que diante dele [é] agradável através de Jesus Cristo; a quem [seja] a glória para todo o sempre. Amém.
22. Mas eu vos rogo irmãos, suportai a palavra desta exortação; porque em poucas [palavras] eu vos escrevi.
23. Sabei vós [que já] está solto o irmão Timóteo, com o qual (se ele vier depressa), eu vos verei.
24. Saudai a todos os que [estão] vos dirigindo, e a todos os santos. Os da Itália vos saúdam.
25. A graça [seja] com todos vós. Amém.
[Escrita da Itália para os Hebreus, e enviada por Timóteo]



AMAZING GRACE BIBLE INSTITUTE